quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Cap. 14 – “Tocando” em Havana





No dia seguinte peguei o busão pra Havana (O Obi, outro maluco do centro de mergulho, passou pra deixar o CD na noite anterior). O Chacal estava lá na praça pra se despedir de mim. Grande Chacal!!!!! O cara que mudou minha viagem em Cuba!

Não era uma linha regular. Era um busão chatter do resort, com um guia mala pra caralho (que quis ficar meu amigo porque já tinha sido casado com uma brasileira que estudou medicina em Cuba) e ficou a viagem inteira narrando o trajeto. Caí na porra daqueles sightseeings...

Do meu lado um espanhol muito gente fina e irônico. O guia falava:

“Em Cuba, existem muitos carros antigos”

“Ah, não diga... sério? Que descoberta...”, replicava o espanhol, em voz alta.

Olhem, à sua direita! Um carro antigo! Rápido, à esquerda! Outro carro antigo!!!”, exclamava o guia sem o mínimo senso de ridículo!

“Agora, por favor, dê um tiro na sua própria testa!!!!!!”, exortava o espanhol!

No ônibus também tinha um italiano com uma jineteira e um cara bizarro, que apanhamos num hotel no meio do caminho, e que atrasou a viagem em mais de meia hora, pois havia dado um calote numa casa particular e a polícia veio correndo atrás dele (junto com a dona da casa!!) antes do ônibus partir. O cara era igualzinho ao Mason Verger depois do ataque do Hannibal Lecter...

Ao menos o ônibus me deixou praticamente na porta da casa da Elsa. No dia anterior tinha ligado pro Enrique e ele me recomendou ir pra casa do casal estelionato, dormir uma noite pra pegar um recibo deles (e tentar dar um “gato” na Imigração). O amigo do Enrique ainda estava mexendo os pauzinhos pra ajeitar minha vida...

Liguei pra ela no dia anterior e a piranha foi toda simpática pra fazer a reserva.

Cheguei lá, mas a bandida me deu um nó... me botou numa casa particular ao lado, pois a dela tava cheia. Não tinha adiantado nada. Ia pegar um rebido de outra casa particular... Falei então que precisava do recibo do dia da chegada, que eu havia inclusive PAGO (e ela tungou do marido!). Ela fechou a cara e falou que ia falar com o Julio.

Bom, cheguei nessa casa, no prédio ao lado, e atendeu um maluco doido mano brown. Um cabeleira muito louco, que eu nao fui com a cara...

Era o filho da dona (que nem apareceu durante todas as 24 horas que eu tava lá). Enfim, comecei a trocar uma idéia com o cara (Miguel) e foi me parecendo gente boa. Quando viu que eu era brasileiro ficou todo amigão, pois é fã incondicional do Ronaldinho Gaúcho. O cara tava de férias em Cuba, pois mora na Austrália (se casou com uma australiana – creio que é um jineteiro, pois não falou nada da mulher, tampouco mostrou qualquer foto. E olha que tinha váárias fotos dele no quarto).

 “Tião, acho que ele tá te zuando, deve ter te achado parecido com o Ronaldinho...”

No meio da conversa, o cara me pergunta se eu gosto de “tocar”. Só que fez um sinal de “pipa”...

Perguntei:

Marijuana?”

“Psssssssssssiiiittt!!!! Calate!!!”

Daí que fui descobrir. Fumar maconha em Cuba (ou consumir qualquer outra droga) dá de 10 a 12 anos de cadeia (“candela”, como diria o muchacho!)...!!! Disse que vinha uma prima dele com o marido “tocar” e que se eu tivesse “afim”, aparecesse na sala...

Fui tomar um banho e me preparar pra sair pela noite de Havana, tomar uns mojitos, procurar encrenca.
Ni qui eu saí do quarto só senti a brisa...

Maresia...sente a maresiiiaaa... Maresia... uh uh uh.....

Quando cheguei na sala....

PUTA-LA-QUE-O-PARIU!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Meu irmão.... meu amigo.....

A prima do cara era simples e literalmente, sem sombra de dúvidas, a mulher mais linda que Cuba já produziu.

Uma mulata perfeitamente simétrica dos pés à cabeça... Tudo, nos mínimos detalhes, era perfeito naquela mulher (menos o marido, obviamente).

Era tão perfeita, mas tão perfeita que, seguramente suava perfurme, cuspia perdigotos de mel, escarrava leite condensado e cagava bombons sonho de valsa!!!!

PUTA-LA-QUE-O-PARIU – PELA SEGUNDA VEZ!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

A mulher enfiou o charuto de marijuana no nariz, travou a outra narina com um dedo e fungou aquela porra como se aspirasse uma carreira de 500 metros de farinha colombiana pura!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Metade do camarão foi embora naquele exaustor nasal!!!!

Tião quase gritou:

“Filha, filha, filha!!! Isso não é farinha, não! Isso é erva danada! Aspira pela boca, não é pelo nariz não, doidona!!!”

Muito junkie...!!!!!!!!!!!! Hardcore caribenho!!!!

Eu y Miguelito


Enfim, deixei o pessoal “tocando” e dei no pé (Tião ficou por alguns minutos mais...), saí do prédio e quem foi a primeira pessoa que eu encontrei no Paseo del Prado (a 50 metros dali)? A jineteira do italiano do busão!
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Ayeeee Papito!!! Que lindo este brasileño!!!”

“ô Mamita, não tirou nem um descansinho antes de trabalhar de novo?”

“Ai... papi... descansei com o gringo, o véio não dava no couro, não....”

Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Nenhum comentário:

Postar um comentário